sexta-feira, 7 de março de 2008

José Ornelas e os 17 anos do Jardim da Serra




Prata da casa é aliciante

Satisfeito com o trabalho que o clube vem desenvolvendo na formação, especialmente no atletismo, o Presidente teme perder a “prata da casa” para a concorrência mais endinheirada.

Cirilo Borges

A Associação Cultural e Desportiva do Jardim da Serra festejou ontem, com um convívio que reuniu entidades oficiais, dirigentes, sócios, atletas e patrocinadores, 17 anos de vida. Oriunda daquela que é a freguesia mais jovem da Região, criada a 4 de Julho de 1996, esta colectividade vem crescendo paulatinamente no contexto desportivo madeirense. Actualmente movimenta cerca de cento e cinquenta praticantes federados, distribuídos pelo atletismo (120), futebol (20) e futsal (12). É naquela modalidade olímpica mais antiga que o clube vem granjeando maior notoriedade, ostentando na sua vitrina de honra vários títulos regionais e nacionais. Diálogo com José Ornelas, Presidente da Direcção desde 1999.
— Como vai de saúde um clube jovem como o Jardim da Serra?
— Vamos vivendo com dificuldades, à semelhança do que sucede com a maioria dos clubes. O nosso problema é sobretudo financeiro, pois torna-se difícil manter a equipa de atletismo feminina a competir nos nacionais. Essa nossa formação, que ficou no terceiro lugar no Campeonato Nacional de Clubes da II Divisão [na prática, o décimo-primeiro do país], é totalmente formada por jovens de Câmara de Lobos, que agora são muito cobiçadas por outros clubes. O regulamento do IDRAM não nos permite receber mais verbas com destino à competição nacional e torna-se difícil fazer frente ao aliciamento financeiro a que as nossas atletas estão sujeitas, para mais quando realmente necessitam de dinheiro. Na época passada demos um prémio à equipa que, mesmo sendo pouco, para nós significou muito. Temos um bom relacionamento com todas elas, mas é natural que torne-se difícil mantê-las connosco.

Leia mais na nossa edição impressa.

Sem comentários: