sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Não houve irregularidades na Selecção da Madeira de Sub-20




Leis mansas

Afinal, e embora o silêncio da AFM seja comprometedor, não houve irregularidades na Selecção da Madeira de Sub-20. A FPF, com aprovação de Turquia e Finlândia, permitiu que a Madeira utilizasse jogadores com idade superior aos vinte anos. Em suma: leis mansas para a Selecção da Madeira!

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Nacional prepara recepção ao Leixões




Com "mira" na Europa

O Nacional recebe domingo, pelas 16 horas, o Leixões. Os alvi-negros tentarão somar a segunda vitória consecutiva, para continuarem "às portas da UEFA".

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Marítimo procura manter-se no trilho europeu



Em Belém com
fé nos pontos




Depois de duas derrotas consecutivas na Liga – Académica e FC Porto – e outra pelo meio para a Taça de Portugal – com o Sporting – o Marítimo inicia amanhã um ciclo importante, no contexto da luta pelas competições europeias. Pela frente estará o Belenenses, um concorrente directo, que não obstante o caso Meyong – que o poderá fazer perder seis pontos – está em boa forma e ocupa presentemente o 5.º lugar. Um verdadeiro desafio para um Marítimo desfalcado de André Pinto.

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III Divisão Nacional



Corrida pela Fase de Subida entra na recta final

Santana “não pode” perder
C. Lobos “obrigado” a ganhar

Frente ao penúltimo classificado, os camaralobenses estão proibidos de perder pontos, ao passo que os santanenses, depois de terem somado a terceira derrota no campeonato, voltam a jogar no Continente.

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II Divisão Nacional




Machico e Porto-santense “certos” na Fase da Manutenção

Fase de Subida para seis

São perfeitamente distintas as campanhas das equipas madeirenses na II Divisão. Na Série A, só o União tem a sua posição no Grupo dos Primeiros “segura”, ao passo que, na Série B, o quarteto da Madeira respira tranquilidade.

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Partida para a última metade do campeonato




Andorinha anima a malta

Triunfo da equipa de Santo António no Caniço reavivou luta pelo título. Agora são, pelo menos, três os candidatos.

O Andorinha concedeu a si próprio e ao Porto Moniz mais uma chance de entrarem na corrida pelo título. O triunfo da equipa de Santo António no Caniço evitou que o bi-campeão regional “fugisse” na classificação — se tivesse ganho teria agora mais cinco pontos do que o segundo classificado — e trouxe maior emoção a uma luta que parecia precocemente resolvida. Os três primeiros classificados estão agora separados por apenas dois pontos, quando falta disputar-se toda a segunda metade do campeonato, com os respectivos reencontros entre os candidatos. O Santacruzense, a cinco pontos de distância do líder, poderá muito bem entrar nas contas, pelo menos, do pódio, mas é de todos os titulares da primeira metade da tabela o mais irregular.

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Analise às dez equipas da I Divisão Regional

Paulo Gomes recusa alegados favorecimentos

«Crescimento do Canicense
incomoda muita gente»

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Rui Santos satisfeito com o pecúlio do Andorinha

Título faz parte
dos objectivos

Pedro Araújo acusa Canicense de «estatuto privilegiado»

«Direito a sonhar com o título»
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Bidinha diz que Porto Moniz tem sido prejudicado

«Líder beneficiado
pelos árbitros»

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João José analisa trajecto do Santacruzense

«Não estou satisfeito!»
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João Paulo e o desempenho do 1.º de Maio

Potencial para crescer
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Henrique Teixeira e o pecúlio do União

No fundo… insatisfeito
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Hélder Vinagre e a campanha do Prazeres

Esperávamos mais
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Magno Rodrigues e sétimo lugar do Porto da Cruz

Mais 10 pontos já seria bom

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Miguel Ângelo e a performance da Académica

Aquém do desejado

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Manuel Alexandre revoltado com as arbitragens

«Exigimos mais respeito»


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Líder perde pela segunda vez e novamente no Caniço



Canicense tropeça mas não cai

Enquanto a corrida ao título animou, na luta pela manutenção, Bom Sucesso e Académica viram “a vida a andar para trás”.

Cirilo Borges

A última jornada da primeira volta trouxe grandes novidades no topo e no fundo da classificação. Na luta pelo título, o líder escorregou novamente mas voltou a não cair. O Canicense podia estar a partir para uma segunda volta tranquila e até esteve a vencer o Andorinha, mas foi surpreendido (pela segunda vez esta época) no seu próprio reduto. Muitos já se haviam questionado por onde andaria João Rui, melhor marcador da época passada pelo Andorinha, e foi ele mesmo que apontou o golo que (re)lança o clube do Funchal na luta pelo título.

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Opinião — Manuel Sérgio







Manuel Sérgio



O pensamento ético
contemporâneo
e o Desporto (III)

Sem ética, o espectáculo desportivo pode transformar-se num espaço de violência e de corrupção, dada a alta competição em que decorre.



Enganam-se os que pensam que os atletas são singelos títeres, nas mãos dos dirigentes e dos técnicos, ou das leis sem espírito (lembram-se do “Espírito das Leis”, de Montesquieu?). O “Homo Sapiens-Sapiens” é um ser que sabe que sabe e sente, por isso, a necessidade imperiosa de criticar, isto é, de saber, em profundidade, quem é, onde está e para onde vai. Posto isto, podemos adiantar que não é o desporto o novo ópio do povo, o ópio do povo é o desporto institucionalizado, que demasiadas vezes reduz as pessoas a coisas e os sujeitos a objectos. Já há 96 anos, Jaime Cortesão alertava, em “A Águia” (Outubro de 1912) que «não é o regime, nem a agricultura, nem a indústria, nem as finanças que verdadeiramente estão em crise – o que em Portugal, há alguns séculos, está em crise é o Português». Enfim, há que preparar também as pessoas para que as estruturas se transformem.
Posto isto, propõe-se:

1. Que o desporto escolar inclua, no conteúdo das suas matérias, não a gramática epistemológica das ciências empírico-formais, mas a das ciências hermenêutico-humanas, onde toda a objectualização é ilegítima. E, por isso, onde uma cultura anti-dualista e anti-colonialista e anti-imperialista seja essencial e fundante.
2. Que o ensino universitário do desporto assuma, sem subterfúgios, um paradigma decorrente das ciências hermenêutico-humanas e onde o agente do desporto, como ser-de-relação, se estude como factor de desenvolvimento da pessoa, do grupo, da sociedade.
3. Que a teoria e metodologia do treino (que continua a esquecer, tendo em conta até o rendimento, a racionalidade comunicativa, adiantada por Habermas) não esqueça, ao visar a complexidade humana, os aspectos éticos da prática desportiva. Sem ética, o espectáculo desportivo pode transformar-se num espaço de violência e de corrupção, dada a alta competição em que decorre. Quando o treinador Jorge Jesus sustenta que «o “fair-play” é uma treta», acentua que a ética movimenta-se com dificuldade num desporto que reproduz e multiplica as taras do economicismo triunfante.
4. Que se reconheça, no atleta, o sujeito ou a pessoa, com um valor incomensurável, em relação ao valor de todos os campeonatos e taças das federações internacionais ou dos Jogos Olímpicos. É o praticante a origem e o fundamento de toda a significação do Desporto. A expressão “jogo de vida ou de morte” deverá erradicar-se do vocabulário desportivo. A morte do ser humano é a morte do próprio Desporto.

E. Levinas, no seu “Autrement qu’être ou au-delà de l’essence”, acolhe com bons olhos a desconstrução do humanismo actual, pois este, ao rejeitar o Absoluto, «não é suficientemente humano». Direi o mesmo do desporto actual que, ao articular-se absolutamente fora do sujeito, rouba ao praticante o estatuto de “primeira pessoa”, para transformá-lo em mera unidade intercambiável. A própria consciência reflexa não é mais, para os novos humanistas, do que o resultado do processo de interiorização de uma ordem que lhe é totalmente exterior. Só que o novo humanismo, ao diluir o ser humano num mundo de estruturas, põe o Desporto em questão. Este é um tema que nunca vi tratado pelas instâncias internacionais que se ocupam desta problemática. Falam tanto de ética desportiva, sem darem conta se ela é possível com as estruturas onde o próprio desporto assenta.

Opinião — Gustavo Pires



Um Estado Dentro do Estado


Gustavo Pires

Um dirigente do Comité Olímpico de Portugal (COP), afirmava-nos recentemente que deveria haver poucos comités olímpicos por esse mundo fora, que tivessem as condições financeiras do COP. E tinha razão. Por nós, há muito tempo que vimos a dizer que o principal problema do desporto em Portugal é dinheiro a mais e demasiado fácil. Senão vejamos.

Como já tivemos a oportunidade de referir, em 2005, o COP assinou com a tutela um protocolo em que recebeu do Estado para a participação nos Jogos Olímpicos de Beijing a módica quantia de 14 milhões de euros. Segundo a “Sportbusiness” (16/11/2004) o Comité Olímpico Australiano (COA) para a mesma participação, tem como orçamento 13.7 milhões de dólares. Ora, isto significa que, à cotação actual, o COP recebeu 20 milhões de dólares o que é quase o dobro daquilo que gasta o COA. Se considerarmos ainda que a Austrália ficou em quarto lugar nos Jogos Olímpicos de Atenas, logo a seguir aos EUA, à China e à Rússia, com 17 medalhas de ouro, 16 de prata e 16 de bronze, enquanto que Portugal ficou e sexagésimo lugar com duas de prata e uma de bronze, podemos verificar quanto a vida tem sido fácil e agradável para os dirigentes do COP.

O dinheiro que o COP recebe do Estado, sai dos bolsos dos contribuintes. Por isso, o mínimo que se lhe podia exigir era a publicação de um relatório anual divulgado no seu site, acerca da utilização dos dinheiros recebidos não só do Estado, como das empresas. Do Estado pelos motivos óbvios. Das empresas porque, em primeiro lugar, elas beneficiam de vantagens fiscais dos apoios que concedem, em segundo, porque, muito provavelmente, também gostariam de avaliar a maneira como o seu dinheiro é dispendido.

Hoje é claro que o “Livro Branco do Desporto” pela Comissão Europeia, veio pôr um freio nos desvarios do Movimento Desportivo Europeu. Este, há muito, pretende constituir-se como um Estado dentro dos próprios Estados, com o objectivo de proteger não só uma espécie de economia paralela a funcionar à margem não só do controlo dos Estados como também das normas institucionalizadas a nível do espaço europeu. Se acrescentarmos que o designado Modelo Europeu de Desporto, hoje funciona em muitas circunstâncias através de processos que levantam muitas questões éticas e morais como são aquelas que envolvem a vida económica e financeira de muitos clubes de futebol na Europa, podemos perceber a oportunidade do “Livro Branco”.

E a prová-lo aí está a recente atitude de Joseph Battler ao pretender vergar o governo espanhol aos ditames da FIFA, num assunto de política interna do país. A atitude do presidente da FIFA mostra bem aonde os Governos europeus deixaram chegar a arrogância do chamado Modelo Europeu de Desporto, que sem qualquer pudor, a nível europeu, entra pelos países adentro para impor as suas regras, e a nível dos países, entra pelos governos adentro para impor as sua vontade. Vontade esta, a maioria das vezes, de sabor corporativo que nada tem a ver com os reais interesses do desporto e dos seus praticantes.

E o problema é que são os próprios governos a financiar as organizações desportivas que à custa do dinheiro dos contribuintes se viram, por meros egoísmos corporativos, contra os interesses dos próprios Estados e da generalidade dos cidadãos. E o principal argumento que usam é o de que o desporto não é nem uma actividade económica nem uma actividade política, pelo que necessita de um tratamento especial. E precisa, só que não é o que eles querem.

No que diz respeito ao à economia o argumento é falacioso na medida em que se consultarmos qualquer manual de economia, chegaremos facilmente à conclusão de que o desporto não é uma actividade económica, como nenhuma actividade o é, talvez com a excepção das actividades financeiras (banca, seguros, impostos e pouco mais). O desporto é uma actividade multidicisplinar, na qual, como em tantas outras actividades multidisciplinares, a economia está presente como está o social, o político, o educativo, o entretenimento, etc. O problema é que, nos tempos que correm, os interesses económicos subvalorizam todos os outros, e os dirigentes desportivos querem perante a Comissão Europeia, em benefício próprio, esconder essa realidade.

Quanto ao desporto não ser uma actividade política só por desfaçatez se pode negar tal evidência. E fazê-lo da maneira que o presidente do COP o fez ao Diário de Notícias (15/2/08) cai-se no domínio do inaceitável, sobretudo vindo de alguém que devia demonstrar uma cultura e um conhecimento em matéria de política desportiva, acima do lugar comum. Dizer que “a política emporcalha tudo quanto toca...”, com o objectivo de “salvaguardar”, como diz Manageiro Costa, um “desporto bacteriologicamente puro”, sobretudo quando depois se aceita receber comendas e condecorações da própria política, revela uma falta de senso que já não se pode admitir a um Presidente do COP, a quem se exige um mínimo de coerência. Dizer que “nada ficou” do boicote aos Jogos de Moscovo é de uma miopia a toda a prova. Basta pensar que o regime Soviético caiu menos de dez anos depois, dos Jogos, quando os relatórios de prospectiva política previam a queda da URSS para lá de 2020. E os Jogos de 1980, na sua quota parte contribuíram para isso. Tal como os Jogos de Seul (1988) contribuíram para provocar mudanças radicais do ponto de vista da democratização do regime na Coreia do Sul.

Por cá, o Regime Jurídico das Federações Desportivas está “debaixo de fogo” por parte das Federações Desportivas lideradas pelo COP. Laurentino Dias, sem uma estrutura técnica com uma liderança minimamente credível para dialogar com o Movimento Associativo, está sozinho perante uma estrutura com muitos anos de experiência em matéria de contestação da tutela. O dinheiro dos contribuintes é fácil até porque os pareceres dos juristas devem custar muito dinheiro. E, depois, dizem que o desporto não tem nada a ver com a política! Entretanto, aos olhos do comum dos cidadãos eles já conseguiram inverter o sistema. Como no passado, já não perguntam o que é que podem fazer pelo País. Eles, agora, estão fundamentalmente interessados em saber o que é que o País pode fazer por eles.

Esperamos que Laurentino Dias se aguente, muito embora, em nossa opinião, ele hoje já seja um dos grandes responsáveis por toda esta desgraçada situação a que o desporto chegou. Há quatro anos ele estava do lado da solução. Hoje, já faz parte do problema. Não tarda, vai embora. É mais um a acrescentar ao currículo dos nossos olímpicos dirigentes.

Opinião — Vinhais Guedes

Já não há crédito na banca!

Pode ser legal, mas é profundamente imoral e injusto gastar o nosso dinheiro, pagando o vício de duas ou três centenas de fiéis seguidores do futebol.


Muito embora, nesta coluna, se fale de desporto, tendo como título “Desportivamente”, penso ser esta a quarta vez em dezoito anos que escrevo sobre o Grupo Desportivo de Chaves.
Na primeira, para criticar o aumento dos subsídios ao clube pelo actual Presidente da Câmara, contrariando as promessas que fez enquanto candidato à Instituição que vem dirigindo há cerca de sete anos.
Na segunda, para lembrar o facto de o Grupo Desportivo de Chaves, gerido por um responsável da câmara, ter aparecido na lista dos clubes caloteiros nos noticiários das nossas televisões.
Na terceira, falei da desastrosa gestão financeira cuja responsabilidade foi também do funcionário da Câmara destacado para assumir a presidência do clube.
Agora, depois das festas do Carnaval, volto a utilizar o espaço deste Semanário para tecer algumas considerações sobre o momento actual do clube, retratado, aliás, pelo seu presidente no passado dia 30 de Janeiro em Assembleia extraordinária.
Ao ler os esclarecimentos prestados pelo presidente da direcção do clube no Notícias de Chaves fiquei motivado para aqui colocar algumas observações:
- Quanto vale uma assembleia extraordinária com menos de quatro dezenas de sócios presentes?
- Que conclusões e leituras retiram deste facto os responsáveis directivos, incluindo a própria Câmara como o maior contribuinte financeiro?
- Face a isto, qual é a estratégia para sair deste atoleiro provocado por uma gestão financeira desequilibrada e sem critérios.
- Vai a autarquia, no caso de não haver pessoas que tomem conta do clube, continuar com as responsabilidades como até aqui?
- Aumentará os subsídios e as ofertas de terrenos para adoçar a boca a uns quantos e livrar-se deste pesado fardo, onde nunca deveria envolver-se directamente?
Afirmou o presidente da direcção que o Grupo Desportivo de Chaves se estava a afundar como o Titanic, tanto mais que o mesmo já não tem crédito na banca. As dificuldades de tesouraria são principalmente das anteriores direcções, afirmou Marcelo Delgado.
Em termos de finanças, a actual direcção pagou já cerca de 560 mil euros ao fisco, à Segurança Social a antigos treinadores, jogadores e fornecedores. Mas o clube continua com uma dívida efectiva e reclamada que ronda os 2 milhões e 500 mil euro.
Delgado propôs na assembleia, a entrega de cinco apartamentos aos antigos dirigentes Castanheira e Artur Dias, como forma de pagamento das dívidas antigas no valor de 250 mil euros (juros incluídos), montante que se destina a liquidar dívidas ao fisco e retenções indevidas de IRS que não foram pagas pela anterior direcção.
Já que falo em andares de habitação, pergunto: Será que o Grupo Desportivo de Chaves tem uma agência imobiliária? Se não tem como os conseguiu ou quem e como os adquiriu?
Será que esse património é o resultado do triângulo perigoso entre construtores, câmara e presidente do clube? A magistrada Maria José Morgado já por diversas vezes se referiu a estas troikas maquiavélicas.
O presidente da direcção do clube para realçar a importância do Grupo Desportivo de Chaves referiu que este tinha posto a cidade no mapa. Qual mapa? No mapa do concelho? No mapa nacional? Esta afirmação não passa de uma falácia, de uma demagogia que se repete há décadas, sem significado e efeitos práticos. A cidade de Chaves é, e continuará a ser conhecida, isso sim, pela sua longa história de cidade romana, pelas Termas, pelo Folar do Joãozinho e pelo Presunto do mesmo nome que já não existe.
Por outro lado, e para esfriar essa magnânima afirmação, permito-me dizer que um país ou uma cidade, que tem somente para oferecer o futebol, tem muito pouco e é muito pobre.
Gostaria ainda de saber com rigor quanto dinheiro vivo ou em géneros foi gasto nas últimas duas décadas com o futebol profissional? Onde estão os resultados? Cidades como Campo Maior, capital dos cafés Delta, Faro, capital do Algarve e muitas outras acabaram pura e simplesmente com o futebol profissional pago e que eu saiba não têm menos visibilidade…
Pode ser legal, mas é profundamente imoral e injusto gastar o nosso dinheiro, pagando o vício de duas ou três centenas de fiéis seguidores do futebol. Isto faz-me lembrar um doente ligado à máquina que só sobrevive se ela continuar ligada. Claro está que essa máquina neste caso é a própria Câmara.
Que bom seria termos em Chaves um só clube polivalente e social proporcionando as mais diversas praticas desportivas a jovens e adultos, pagando as suas cotas com o apoio financeiro da Câmara local proporcionando índices de praticantes que superassem os de outras cidades.
Esta política só traria benefícios aos cidadãos contribuintes. Não ficaria dispendioso como acontece com o futebol profissional mas teria efeitos bem mais benéficos do que aqueles que a generalidade das pessoas retiram da actual situação.

Opinião — JM Silva







José Manuel Silva


Pseudónimos

São os nomes utilizados por aqueles que subscrevem as suas obras com um nome que não lhes pertence; nome falso ou suposto adoptado por um autor, por um artista, por um jornalista, etc. Mas há quem os utilize pela falta de coragem em dar a cara…

Usualmente e por motivos vários, todo aquele que subscreve as suas obras com um nome que lhe pertencem usa em sua substituição um pseudónimo.
Ao fim e ao cabo é um nome falso ou suposto adoptado por certos autores, por certos artistas, por certos jornalistas, etc.
Casos existem em que podemos estar de acordo com a utilização desses pseudónimos, contudo sabemos que uma grande percentagem deles servem para esconder uma evidente falta de coragem para assumir a autoria de determinados trabalhos, sobretudo escritos que visam terceiros, para que possam, impunemente, fazer prevalecer ideias, atacando por um lado, relevando por outro, consoante os interesses em jogo.
No jornalismo existe muito essa autêntica fuga em dar a cara, o que consideramos pura cobardia, muito embora saibamos que todo aquele que não assina com o seu nome os seus trabalhos possua na entidade a que serve uma ficha com todos os seus dados pessoais, aqueles que constam do seu BI e outros, ao fim e ao cabo notas ou observações escritas, quase sempre de carácter oficial, e que em caso de necessidade podem ser consultados.
Equivale tudo isto dizer-se que todos quantos assinam com pseudónimo sabem perfeitamente ao que estão sujeitos em caso de produzirem-se inverdades, mas como sabem movimentar-se em redor das verdades e meias-verdades que mais lhes convém, acabam por produzir-se trabalhos tendenciosos e consequentemente desonestos, mais gravosos contudo quando feitos por encomenda.
É isso que repudiamos…

Figuras gradas da nossa Sociedade que se destacaram em diferentes áreas foram, muitas delas a título póstumo, homenageadas por quem de direito, figurando os seus nomes nas mais variadas instituições como hospitais, museus, bibliotecas, recintos desportivos e bem assim em nomes de ruas, avenidas, praças, etc.
A grande percentagem de todas essas homenagens perdurarão para todo o sempre, já que outras existiram que foram destituídas como o testemunham a ex-Ponte Salazar, sobre o Rio Tejo, o Estádio Prof. Marcelo Caetano, o campo do Liceu de Jaime Moniz, entre outros mais.
Mas quantas dessas figuras homenageadas levaram consigo para a cova segredos que a serem desvendados, fariam corar de vergonha os proponentes de tais homenagens!
Foi-nos dado conhecer, algures, uma dessas figuras que apesar de ter vivido quase sempre num espaço territorial restrito, qual clausura um tanto alargada, deixou mesmo assim obra feita, sendo mesmo apontada como exemplo de rectidão para os vindouros de tal modo que após a sua morte o seu nome foi dado a uma importante infra-estrutura da Região.
Em vida nunca teve a hombridade de revelar os nomes do verdadeiro naipe de colaboradores anónimos que lhe forneciam religiosamente todos os dados da história que escreveu, porque sem eles e dada a sua clausura tal seria inviável e tampouco revelou alguma vez ter sido colaborador assíduo de determinado matutino regional onde usou um pseudónimo, dele se servindo para melhor levar a água ao seu moinho, seu e dos seus, com as tais verdades e meias-verdades que com rara mestria utilizou par alcançar os seus fins.
Contudo… Paz à sua alma.

Antes de nos termos reformado, conhecemos alguns dos que nos rodeavam e faziam parte da mesma equipa de repórteres desportivos que à falta de coragem de darem a cara, assinavam os artigos que alinhavam com pseudónimos.
À época existia na Região um determinado treinador continental ao serviço dum clube local cujo trabalho era fortemente contestado por um desses “corajosos” que assinava seus artigos com nome falso.
Durante toda a nossa vida sempre assinámos com o nosso próprio nome todos os escritos e muito naturalmente quando produzíamos qualquer trabalho que envolvesse esse técnico jamais lhe pedíamos licença para exprimirmos as nossas opiniões e nunca soubemos ao certo porque cargas de água ele estava convicto de sermos autores dessas missivas assinadas com nome falso.
Era pública a sua animosidade para connosco mas nunca lhe demos quaisquer explicações para as suas dúvidas, pese embora alguma ameaças veladas desse senhor. Até quando um dia o homem descobriu quem se escondia por detrás dum pseudónimo para desancá-lo com ou sem razão, passou-se por completo, até porque já lhe pagara algumas almoçaradas (!) e deu-lhe um enxerto de porrada tal que nenhum pseudónimo lhe valeu.
Posteriormente teve um rebate de consciência e pediu-nos desculpas pela sua desconfiança, soube enfim dar a mão à palmatória.

Pelas passagens que aqui deixámos e por muitas outras mais que ao longo dos anos tivemos oportunidade de testemunhar, somos frontalmente contra aqueles que não assumem os seus actos e se escondem por detrás de nomes falsos para consumarem aquilo que pretendem mesmo sabendo que pelo caminho atropelaram alguém.
De igual modo nos revoltamos contra aqueles “leitores devidamente identificados”, uns e outros apenas uns cobardolas para quem o melhor antídoto para curar a sua “doença” seria porventura aquele que usou o tal treinador para “curar” o seu detractor já que se revelou de uma eficácia tal que este jamais ousou assinar o que quer que fosse com qualquer nome falso.
Para grandes males grandes remédios e embora não sejamos adeptos do olho-por-olho dente-por-dente, temos que reconhecer que algumas vezes poderá tornar-se uma medida bem mais eficaz do que o ter-se que apresentar regularmente numa qualquer esquadra da PSP mais próxima…

Camacho já rodou no Peugeot


Alexandre Camacho esteve ontem em Montejunto a efectuar os seus primeiros quilómetros ao volante da sua nova montada, um Peugeot 207 S2000.
A equipa Olca surgirá em 2008 com novas ambições ao nível do Campeonato da Madeira Coral de Ralis pois investiu na aquisição duma nova viatura que lhe permitirá lutar em condições normais pelo título absoluto. A escolha da formação recaiu sobre um Peugeot 207 S2000 que ao longo das últimas semanas foi montado nas instalações da Peugeot Sport Portugal, estrutura que será igualmente responsável pela manutenção e assistência à equipa ao longo das provas.

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Futsal — Marítimo mais só na frente do campeonato

Amigos estão agora no lugar mais indesejado da classificação


Metade quer a manutenção

Ao passo que apenas duas equipas estão na corrida ao título, cinco lutam entre si para não descer de divisão.

Cirilo Borges

O Marítimo parece ter entrado em contagem decrescente em direcção à conquista do título. Os verde-rubros venceram tranquilamente o Câmara de Lobos e viram a distância para o segundo classificado aumentar para 7 pontos, isto a oito jornadas do fim. É certo que o 1.º de Maio não jogou na Ponta do Sol — o encontro teve de ser adiado porque o pavilhão “meteu água” —, mas ninguém garante que venha a ganhar esse encontro. De resto, a equipa do Palheiro Ferreiro é a única em condições de incomodar o Marítimo, até porque venceu-o na primeira volta, a não ser que este venha a cometer os mesmos erros que o afastaram, na época passada, da rota do título.

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Campeonato Trial 4x4+ Toyota Madeira

Campeões a abrir

Primeira prova da época levou centenas ao Faial para um espectáculo muito competitivo, repleto de técnica, táctica e “power”.


Teve início, domingo, no Faial, o Campeonato Trial 4x4+ Toyota Madeira. A primeira prova da época, denominada Trial dos Campeões, reuniu quinze equipas e outros tantos veículos, numa jornada que, como já é habitual, proporcionou bons momentos de convívio recheados de adrenalina. Nem a chuva que caiu torrencialmente na véspera e a ameaça constante das nuvens inibiu centenas de pessoas de marcarem presença na foz da Ribeira do Faial.
Organizada, como habitualmente, pelo Estreito, desta feita com a colaboração da Junta de Freguesia e da Casa do Povo do Faial, bem como do Município de Santana, foram criadas duas pistas de obstáculos, Prestipneu e Inertomáquinas, compostas por cruzamentos de eixo e muitas inclinações com curva e contra-curva, salpicadas com lama e pedra, pelas quais as viaturas transitavam ininterruptamente.

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São Roque Campeão Nacional

O São Roque sagrou-se Campeão Nacional de Equipas Juniores, no campeonato disputado no fim-de-semana passado, em Mafra. Os sanroquinos venceram todos os adversários, tendo na final ultrapassado o Marco, por 3-1. Nesta competição, apenas mais duas equipas subiram ao pódio, ambas ao terceiro degrau, o Estreito, em juniores femininos, e o São João, em sub-21 masculinos. Por cá, realizou-se o Regional de Singulares em Iniciados e Infantis e sagraram-se campeões Alexandre Gantzias (São Roque), Jéssica Nóbrega (Garachico), em iniciados, Rodolfo Pedra (ACM) e Ana Santos (C. Lobos), em infantis.

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Amigos do Belenenses

Após três derrotas consecutivas, o CAB regressou às vitórias na Liga nos Açores, frente ao Lusitânia. O sexto triunfo em quinze jogos disputados permite aos madeirenses manterem-se na luta pelo terceiro lugar de apuramento ao “Play-Off”. A jornada deste fim-de-semana disputa-se em terreno neutro, desta feita em Cantanhede, nos arredores de Coimbra, e abre boas perspectivas aos Amigos, que vão defrontar o Belenenses, frente ao qual só conhecem o sabor da vitória. Na competição feminina, o CAB tem dois compromissos no Continente, hoje com o Vagos, referente aos quartos-de-final da Taça de Portugal, amanhã com o Olivais, no campeonato. O União joga, domingo, no reduto do Vagos.

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Benfica no Porto Santo

A Porto Santo SAD perdeu dois jogos esta semana, ambos tangencialmente, primeiro frente ao Valdagno (Itália), por 2-3, em jogo da primeira mão dos quartos-de-final da Taça CERS, e depois no reduto do Óquei de Barcelos, por 2-1. E, como “não há duas sem três”, a equipa porto-santense recebe, amanhã, às 21 horas, o Benfica, em mais um jogo que promete ser bastante disputado. A Porto Santo SAD precisa de um triunfo que a mantenha “segura” no sexto lugar, mas os encarnados, segundos na tabela, não serão fáceis de ultrapassar.

SAD procura Luz

A Madeira SAD perdeu o jogo de repetição com o São Bernardo e com ele uma boa oportunidade para partir para o “Play-Off” no quinto lugar e, assim, disputar os quartos-de-final com o Belenenses. Pelo contrário, está no sétimo lugar e arrisca-se a “apanhar” o Benfica, precisamente o adversário a quem terá de vencer nesta derradeira jornada para concluir a fase regular numa posição mais consentânea com o seu valor. Na I Divisão Nacional, o Marítimo recebe amanhã, às 17 horas, o Juventude de Lis.

Madeira “maior” em último

A Selecção da Madeira ficou no último lugar no XII Torneio Internacional Sub-20, concluído na passada sexta-feira. Depois de ter iniciado a competição com um embandeirado empate com a Turquia, o seleccionado madeirense, que utilizou sete jogadores com mais de 20 anos, foi goleado por Portugal, derrotado pela Finlândia e terminou a competição sem golos marcados. Se a utilização daqueles jogadores “maiores” visava o fortalecimento da Selecção da Madeira, então o tiro saiu pela culatra, com a agravante de ter-se coarctado a oportunidade a outros jogadores mais novos de mostrar o seu valor. E estas ideias custam milhares de euros.