sexta-feira, 9 de maio de 2008

Marítimo visita aflito Leixões no fecho da Liga


UEFA já cá canta
mas ainda há 5.º lugar



Alcançada a grande meta proposta para esta época – a qualificação para a Taça UEFA – a equipa do Marítimo tem ainda pela frente um desafio, no encerramento da Liga. É que está apenas a dois pontos do V. Setúbal, pelo que pode chegar ao quinto lugar caso vença o Leixões e beneficie da derrota sadina no Estádio da Luz.

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Verde-rubros festejam regresso à Europa de forma exuberante

As saudades
que já tinham…


Nacional recebe Belenenses com único objectivo


Ataque ao oitavo lugar

Depois do espectacular triunfo no Estádio do Dragão, o Nacional recebe, sábado, pelas 17h30, o Belenenses. A vitória é o desfecho desejado para tentar alcançar o objectivo mínimo da época: o oitavo lugar.

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Santana e Câmara de Lobos com performances distintas


Entre o céu e o inferno!

Pior seria difícil! Em cinco jogos, o Câmara de Lobos somou outras tantas derrotas, numa segunda fase em que quase tudo lhe tem corrido mal. Bem melhor está o Santana, que "dobra" para a segunda volta na luta pela subida.

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Crise financeira do futebol português chegou à Região

Nacional no "rol"
dos maus pagadores


O Nacional foi incluído, pelo Sindicato dos Jogadores, no "rol" dos clubes portugueses maus pagadores. Segundo os dados do SJPF, os jogadores alvi-negros não recebem há mais de dois meses. O presidente do Nacional, Rui Alves, já desmentiu essa situação.

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Machico já teve conhecimento do processo disciplinar

«Acho estranho que só quinze dias depois do jogo
se questione o seu atraso»


Termina com polémica
o polémico campeonato

Começou com a polémica alteração aos quadros competitivos e termina… com a polémica envolvendo o jogo entre Machico e o Maria da Fonte, que poderá ditar a descida à III Divisão da… Camacha.

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Funchal em Festa com o Desporto Escolar


Namoro de 500 anos

A relação dos ilhéus com o mar e este como porta para o Mundo, primeiro através dos Descobrimentos e depois da diáspora madeirense, foram os elementos que consubstanciaram o espectáculo que homenageou a “capital” da Região.

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Ismael Fernandes e o futuro desportivo da Madeira


Desporto para todos
e não só para alguns


O Presidente do Município da Ribeira Brava considera mais válido investir no acesso à prática desportiva da população do que em aventuras de âmbito nacional desproporcionais com a actual realidade financeira.

Especial Concelho da Ribeira iclui reportagem com todos os clubes do concelho.
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Estão em vantagem nas finais e jogam no Funchal


Marítimo e Madeira Andebol
à beira de títulos históricos

Os verde-rubros poderão sagrar-se, pela primeira vez, campeões nacionais da I Divisão, ao passo que as azul-amarelas estão prestes a conquistar o décimo título nacional feminino consecutivo.

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Futsal: Nacional mais eficaz do que o Estreito

“Caneco” alvi-negro

Numa final mais equilibrada do que muitos perspectivavam, a experiência dos jogadores que actuam na III Divisão Nacional ditou a diferença relativamente à irreverência dos que subiram agora à I Divisão Regional.

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Campeonato Trial 4x4+ Toyota Madeira


Dia cheio de trabalhos

Apesar de disputado nos Prazeres, no Dia do Trabalhador, o Trial 4x4+ da Calheta foi um autêntico quebra-cabeças para as cerca de vinte equipas participantes, resultando num (belo) espectáculo, presenciado por uma multidão.

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Opinião: Gustavo Pires






A Síndrome Sérgio Silva

Todos estamos de acordo que o futebol tem um potencial extraordinário em termos educativos, desportivos, políticos, económicos e sociais. E tem, uma enorme margem de crescimento do ensino à indústria do entretenimento, passando pelos mais diversos sectores de actividade económica e grupos sociais. Por isso, o futebol, tem grandes desafios à sua frente e as oportunidades para os concretizar são inúmeras. Em termos potenciais o futebol não podia estar em melhor situação.
Contudo, é fácil de ver que existe uma enorme distância entre aquilo que o futebol, na realidade, é, e aquilo que potencialmente poderia ser. Se o futebol potencial se apresenta com um cenário de possibilidades aliciantes, já o futebol real está doente, padece da síndrome Sérgio Silva e vai a passos largos a caminho da entropia.
Esta discrepância entre o potencial e o real, está bem expressa no site do Boavista Futebol Clube quando lá se diz que: “o futuro é já hoje”. Os jogadores que o confirmem. Hoje, o Boavista está moribundo e estrebucha para não cair na cova. No entanto, todos sabemos que o Boavista é um clube de valiosos pergaminhos e podia ter um futuro bem extraordinário.
O que se passa com o Boavista passa-se com muitos outros clubes. Apesar de poderem ter um futuro risonho estão em grandes dificuldades. E o país, a menos que aconteça uma mudança radical de atitudes e comportamentos, arrisca-se a transformar-se num cemitério de clubes de futebol.
Entretanto, quando se esperavam soluções verdadeiramente engenhosas para tirar o futebol do buraco em que se encontra, a única coisa que os nossos queridos dirigentes são capazes de proporem é mais do mesmo. E nesta estratégia de mais do mesmo o presidente da Liga de Clubes de Futebol Profissional, Hermínio Loureiro, anunciou ao seu estilo, quer dizer, com pompa e circunstância, que vai apresentar em Assembleia-geral da dita um “conjunto de pressupostos” que obviem o incumprimento salarial por parte dos clubes, sob pena de perderem pontos no campeonato. Nem mais.
Hermínio Loureiro é um especialista em marcar golos de consolação, quando a equipa está a perder por quatro ou cinco a zero. Quer dizer, são golos que não servem para nada. Foi assim na Secretaria de Estado do Desporto com a Lei de Bases do dito, que não chegou sequer a funcionar por falta de regulamentação. De facto, marcou o seu golito, fez a sua lei, contudo, foi um golo absolutamente inútil que custou bem caro aos contribuintes. “Nas últimas Assembleias gerais da Liga, fizemos mais de 200 alterações regulamentares…”, disse Hermínio! É obra. Mas perguntamos: Serviram para alguma coisa? Aparentemente está tudo na mesma!
Agora, Hermínio Loureiro, vem-nos com mais uma solução milagrosa, e milagrosa na medida em que só funcionará se acontecer um verdadeiro milagre. Ele quer resolver os embaraços financeiros dos clubes de futebol da Primeira Liga. Vai daí, engendrou um sistema de controlo que, como sempre, não vai controlar coisíssima nenhuma. O pior que se pode fazer à gestão é confundi-la com o controlo. É uma ofensa que a gestão não merece. Infelizmente, quando os dirigentes não vislumbram verdadeiramente o que gerir, apressam-se a controlar aquilo que estiver mais à mão. Os calotes aos vencimentos serviram de pretexto. Em consequência, o produto mais significativo do desporto português não é uma taxa de participação desportiva digna de um país desenvolvido da Europa. Uma taxa que contribuísse para alterar a cultura de incompetência e corrupção que, salvo as habituais excepções, graça no desporto. O produto mais significativo do desporto português é um emaranhado de regras, de normas, de diplomas, de leis, de decretos, de conjuntos de pressupostos e quejandos, renovados em cada ciclo político que, com uma excepção ou outra, só servem para dar vazão à necessidade esquizofrénica de comando pelo controlo, da generalidade dos nossos dirigentes.
Agora, a alquimia que vai revelar a “pedra filosofal” que eventualmente transformará os nossos queridos dirigentes desportivos de incompetentes em competentes, de desonestos em honestos, de corruptos em incorruptos, não passa de um labiríntico arrazoado de “pressupostos para a inscrição nas competições profissionais”, que ilusoriamente vão garantir que os atletas deixem de estar continuamente sujeitos às contingências dos atrasos e dos calotes de que os seus vencimentos são vítimas! Até parece que nem vivemos num estado de direito em que este género de coisas já está na respectiva lei! E assim, quando Hermínio Loureiro diz que “o futebol não é uma ilha” (Record, 7/5/08) ele está precisamente a transformar o futebol numa ilha. E quando afirma que “o objectivo é melhorar as prestações competitivas” ele está precisamente a desvirtuar ainda mais a já medíocre dinâmica competitiva do campeonato. Até parece que não assistiu ao que se tem vindo a passar no futebol indígena de há vinte anos a esta parte!
Um campeonato que termina com duas equipas a lutar desesperadamente pelo segundo lugar, a vinte e mais pontos do primeiro classificado, é um campeonato sem viabilidade desportiva. A bem dizer, não é um campeonato, é uma anedota. Num país com um mínimo de cultura desportiva, os patrocinadores não punham lá um cêntimo. Um campeonato com 16-18 equipas que nos últimos vinte anos foi ganho 14 vezes pela mesma equipa, e tudo indica que vai continuar a ser, é um campeonato que não é portador de futuro. O problema é que em Portugal os patrocínios, sobretudo quando se trata de dinheiros públicos, são realizados à “vara larga”.
O que vai acontecer é que, o buraco entre as equipas que eventualmente pagam os vencimentos a tempo e aquelas que eventualmente não pagam os vencimentos a tempo, ainda vai ser maior. E para que isto não aconteça, Hermínio Loureiro vai ter que fechar os olhos. E, ao fechar os olhos, vai ficar tudo na mesma. Em conformidade, este tipo de medidas a funcionar na lógica do controlo, mais uma vez, só vai provar que quem quer gerir com alguma eficácia em termos de organização do futuro tem de ser capaz de o fazer a montante dos problemas. Gerir a jusante dos problemas, por melhores que sejam as intenções e acreditamos que sejam essas as de Hermínio Loureiro, é deixar tudo na mesma e, na situação concreta, permitir que a síndroma Sérgio Silva continue a funcionar no futebol nacional com o esplendor que um Portugal atónito teve a oportunidade de ver na televisão há bem pouco tempo.

opinião: Manuel Sérgio






Para um socialismo
do século XXI (IV)

Por que não um socialismo, fora dos esquemas habituais do Logos, da Lei, do Significante? A Origem nunca é a Ordem.


4. Impor mordaças ao povo, para falar, horas intermináveis, em seu nome, é a mais abjecta das dominações; instituir a censura, alegando que se trata de meio de autodefesa contra “mercenários”, a soldo de potências estrangeiras, e não ver nela tão-só uma profilaxia provisória, alargando-a, indefinidamente, a qualquer escritor ou jornalista e a todos os órgãos da Comunicação Social; um governante que vive do que fez, em emotiva consonância com os interesses do seu país, e tudo sacrifica a esse evento de forte carga patriótica, localizado e datado, como se de uma aparição divina se tratasse – nada disto me parece próprio de um socialista, mas apenas de uma pessoa infeliz que obriga os seus concidadãos a participarem da sua infelicidade. O socialismo, em que acredito, há-de definir-se, singularizar-se, principalmente, como democracia participativa, economia de necessidades e cultura solidária e deverá ser construído, com o destemor do risco, por todos os cidadãos, proletários ou não. O “novo socialismo” não pode estar de acordo com certas situações a que o velho socialismo contribuiu, ardorosamente, ao afirmar-se representante do proletariado tão-só, dado que em socialismo a extinção das classes é inevitável.
De facto, ao novo socialismo corresponde uma economia nova, que deverá orientar-se para a satisfação das necessidades básicas dos cidadãos, para uma relação íntima entre a propriedade privada e a propriedade social e para o surgimento de “sujeitos económicos”, isto é, de produtores e consumidores, capazes de participarem nos processos de decisão e que não esperam, de mão estendida, que seja a gula do capital ou o paternalismo estatal a determinar as suas necessidades. Assim, através da participação, a economia politiza-se e recusa visceralmente que se confunda fruição pessoal com egoismo, bem-estar com descaso pela miséria do nosso semelhante e solidariedade com “caridadezinha”.
Enfim, o “novo socialismo” (que não pode considerar-se adquirido, uma vez por todas, mas um processo contínuo) não aceita unanimidades, nem leituras definitivas, mas caminha decididamente para uma cultura do ser, em oposição à burguesa cultura do ter, uma cultura comunitária, em oposição a uma cultura individualista. A cultura do ser não aposta no despojamento de quaisquer bens materiais, mas numa cultura onde os valores de fraternidade, igualdade e solidariedade entrem em competição permanente com a exploração, alienação e a marginalização social. No entanto, a luta hodierna, por um mundo novo, não passa pela apropriação, armada ou não, do poder, fazedora de mais uma ditadura, mas pela contestação da modernidade burguesa, a partir de uma perspectiva pós-capitalista, pós-colonial, pós-eurocêntrica e criação experimental do futuro – luta levada a cabo, por diversos protagonistas, visando a soberania popular e a emancipação social; luta da qual devemos sair reconciliados com os outros e connosco mesmos. Já li não sei onde o aviso de Paul Valéry: «Há dois perigos que nos ameaçam – a desordem e a ordem.» A desordem anuncia a morte; a ordem é a vitória da morte. Ora, a ordem económica global aumenta o Terceiro Mundo, pois que aumentou também o desregulamento do sector financeiro, a privatização e desnacionalização das riquezas naturais, o desemprego, a redução dos salários, etc., etc. A alternativa ao capitalismo é um problema moral. Por que não um socialismo, fora dos esquemas habituais do Logos, da Lei, do Significante? A Origem nunca é a Ordem. Se Prigogine tem razão: os processos desagregadores são desorganizações que reorganizam. É preciso pensar a negação como momento da liberdade. E deixem-me terminar com a definição de fé em Unamuno: «A fé não consiste em crer no que não vemos, mas em criar o que não vemos.»

(Continua)

Opinião: JM Silva







Pressão, Corrupção, Seriedade…

São três dos ingredientes de que o futebol é fértil e com os quais temos de conviver. Na Bwin Liga 2007/08, que domingo terá o seu epílogo, eles foram notícia largamente badalada.


Grupos de pressão: Conjunto de pessoas ou de instituições com interesses económicos e políticos comuns, entre outros, que, usando de poder económico ou de ameaças, pressionam os governantes.
Traduzido para a linguagem do futebol, teremos mais coisa menos coisa o seguinte: conjunto de dirigentes e de clubes com interesses económicos e desportivos que, usando de poderes económicos ou de ameaças veladas, pressionam não apenas os árbitros como também as estruturas do desporto-rei.
Em Portugal tais atitudes são infelizmente o pão nosso de cada dia e, para agravar a situação, com vasta cobertura da comunicação social desportiva, falada, escrita e televisiva, visando também ela proventos económicos.
Todos sabemos que «quando há tempestade na costa, quem se lixa é o mexilhão», que é um molusco comestível que vive preso às rochas batidas pelas ondas do mar ou nos estuários.
É a lei do mais forte a sobrepor-se aos mais pequenos e fracos, a maior parte das vezes sem armas para combater situações.

Corrupção: acção ou efeito de corromper, de fazer degenerar, depravação.
Mas significa também acção de seduzir por dinheiro, presentes, etc., levando alguém a afastar-se da rectidão: suborno.
Nos mais variados estratos sociais, a corrupção existe e é praticada nas mais variadas formas, sendo pois natural que no futebol ela também exista, sendo mesmo um dos terrenos mais férteis para ela se expandir.
Uma vez existindo, logo duas situações se verificam de imediato, quais são as classes dos corruptos e a dos corruptores, uns e outros seres menos dignos para quem a justiça tem castigos diferenciados quando qualquer situação de corrupção é condenada pelos tribunais.

Em Portugal ou noutro País qualquer é usual e até mesmo normal que qualquer clube estipule um prémio monetário extra para os seus jogadores em caso de vitória em determinado jogo de significado relevante para as suas aspirações onde estejam adversários a abater por serem incómodos na altura das contas finais das competições onde estão envolvidos.
Mas daí a que existam dirigentes que estipulem prémios desse teor, não para os seus jogadores mas sim de outros clubes para levarem de vencida determinada equipa que lhes convenha sair derrotada a fim de daí poder tirar dividendos, vai uma distância enorme.
Temos para nós que essa é também uma forma de corrupção que normalmente surge nas pontas finais das competições, onde todos os meios são viáveis para que se alcancem determinados fins.
É um salve-se quem puder…

Conseguir combater-se estas situações é algo demasiado complicado e difícil na medida em que «lobo não come lobo» porque aqueles que utilizam determinadas práticas menos correctas ou mesmo ruim de todo para alcançarem os seus fins, não se empenham a prejudicarem-se uns aos outros, pois que se respeitam por isso se temem.
É usual afirmar-se que quando «brigam os comadres aparecem as verdades» quando por qualquer motivo entram em choque os interesses de sócios, amigos ou mesmo familiares, entre outros e que denunciam uns as mazelas dos outros.
O grande problema é conseguir-se depois provar tudo isso nos bancos dos tribunais onde, vezes sem conta, uma mentira não comprovada vale tanto ou mais que a maior das verdades.
Atente-se no que se está passando no Tribunal onde decorre o primeiro julgamento de pressuposta corrupção desportiva desencadeada pela operação Apito Dourado, levada a cabo há já longo tempo pela Policia Judiciária.
Hoje por hoje são já muito poucos aqueles que acreditam que, exceptuando-se algum ou alguns dos «mexilhões» envolvidos nessa «tempestade» que venham eventualmente a ser punidos, o mesmo não virá a acontecer aos principais responsáveis pela podridão em que envolveram o futebol português.
Oxalá nos enganemos mas sinceramente já acreditámos mais do que agora…

Seriedade foi um dos temas que aqui trouxemos no último número deste semanário desportivo.
Tal teve a ver com a decisão de Jesualdo Ferreira, técnico do FC Porto, em fazer descansar alguns dos seus jogadores titularíssimos, alegando razões de uma gestão de esforços, num jogo em que estava implícita a classificação final na Bwin Liga na presente temporada do Vitória de Guimarães, do Sporting e do Benfica e algo mais remotamente do Vitória de Setúbal.
Como é sabido, não estava apenas em causa o alcançar dum 2.º, dum 3.º ou de um 4.º lugar mas fundamentalmente de dois ingressos, um deles directos na Champions, onde existem milhões de euros um jogo.
Discordámos então da relevância dada à vitória dos dragões em Guimarães pelo facto de apenas na 2.ª parte do encontro e com o resultado em branco, terem os pupilos de Jesualdo Ferreira resolvido «meter o pé… a fundo». Antes e sobretudo durante toda a 1.ª parte, o Vitória havia-se superiorizado ao tricampeão nacional, e por isso questionamos então sobre o que teria acontecido se os vimaranenses tivessem chegado ao golo nesse período e se teriam tidos os dragões tempo e discernimento para evitar que a história do jogo tivesses sido outra que não aquela que se verificou.

Bastou apenas uma semana para que o tempo, esse velho-mestre nos viesse dar razão.
Frente ao Nacional, em jogo disputado adentro portas, Jesualdo Ferreira repetiu a dose, desta feita fazendo descansar outros titulares, num jogo a feijões onde nada estava em jog para ambos os conjuntos, pois fosse qual fosse o resultado final não haveriam terceiros a sair prejudicados, bem ao contrario de uma semana atrás.
Aconteceu deste feita, saiu o tiro pela culatra ao técnico portista porque o Nacional marcou primeiro, fê-lo de novo a seguir e chegou ao intervalo a vencer por 2-0 e mesmo voltando a «meter o pé a fundo» no segundo tempo, toda a seriedade dos jogadores portistas não foi capaz de dar a volta a um resultado que lhes era adverso… não indo alem do que voltar a sofrer o 0-3 final que deixou com caras de enterro os apaniguados do FC Porto que se deslocaram ao Dragão para o jogo de despedida em sua casa na presente temporada.
Provada ficou, como algures já acontecera em Fátima, que a atitude do técnico dos dragões aquando do encontro no Afonso Henriques não foi de forma alguma a mais correcta.
Nem sempre tudo está bem quando tudo termina em bem.

No fim é que se fazem as contas e domingo próximo toda a contabilidade desta Bwin Liga deverá ficar em dia se entretanto forem desbloqueadas algumas situações pendentes na Liga…
Ficamos à espera e atentos para as comentar.