sexta-feira, 2 de maio de 2008

Primeira Página

Basta ao Marítimo vencer U. Leiria para fazer história

Todos ao caldeirão
para selar a UEFA

O Marítimo está de novo perto de fazer história, depois de três épocas de desilusão para os seus associados. Basta ganhar domingo (19.15 h e sem transmissão televisiva) ao U. Leiria, para garantir a sexta qualificação verde-rubra para a UEFA. Um dia que se pretende especial no “caldeirão” dos Barreiros, estando prevista uma grande enchente. As mães terão entrada gratuita para as bancadas nascente e lateral sul, bastando que se façam acompanhar de um cachecol, uma camisola ou um galhardete do clube.

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Nacional procura quebrar ciclo negativo


Reacender "chama" alvi-negra

Depois de quatro derrotas consecutivas, o Nacional tem a difícil tarefa de defrontar, sábado, pelas 19h30, no Estádio do Dragão, o FC Porto, onde tentará, no mínimo, pontuar, por forma a atenuar as últimas exibições menos conseguidas.

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Especial Futebol Regional: Aos 83 anos voa como nunca



Andorinha faz-se grande

Título regional da I Divisão é cereja no topo de um bolo rico de ambição, qualidade e quantidade.

27 de Abril de 2008 há-de perdurar como a data mais significativa na longa história desportiva do CF Andorinha. O clube de Santo António, que completa 83 anos na próxima terça-feira, sagrou-se Campeão Regional da I Divisão, no seu palco de jogos e perante a maior “enchente” de sempre, num jogo ele próprio histórico, dada a cobertura mediática de que foi alvo, tendo mesmo motivado a primeira transmissão televisiva em directo de um encontro do Regional pela RTP Madeira.

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Pedro Araújo considera inquestionável a conquista do título


«III Divisão é…
o caminho lógico»


O treinador que levou o Andorinha à conquista do primeiro título de Campeão Regional da I Divisão da sua história, considera «inquestionável» a justiça do triunfo da sua equipa e aponta a subida à III Divisão como «o caminho mais lógico».

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Maurílio Caires e o final atribulado de campeonato


Provem que fomos
levados ao colo!


Revoltado com aquilo que chamou de falta de respeito de que foi alvo, bem como a instituição que lidera, o Presidente do Canicense preferiu apenas colocar aquele desafio.

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Rui Marote enaltece competitividade do campeonato


Série Madeira por definir

O Presidente da AFM revela-se satisfeito pela forma como decorreu a edição 07/08 da I Divisão Regional e adianta que nada está em definido em relação à Série Madeira. Marote desvaloriza as críticas ao sector de arbitragem, lançando o repto dirigentes e treinadores para que «por vezes, admitissem as suas insuficiências».

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Pedro Câmara enaltece desempenho da equipa e acusa:


«Árbitros não deixaram União ir mais longe»

O vice-presidente do União enaltece o desempenho da sua equipa, considerando que «foi a que melhor futebol praticou». Como tal, o sexto lugar «deixa algum "amargo de boca"» e só foi possível porque «os árbitros não deixaram o União chegar mais longe».

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Triunfo no PIZO leva Machico B para a I Divisão


Em nome da formação

A formação machiquense precisava de somar apenas um ponto para garantir a ascensão ao escalão principal, mas alcançou um (difícil) triunfo em Câmara de Lobos.

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Badminton: Não um mas dois jogadores apurados para os Jogos Olímpicos


Madeira ao volante do País

Na semana em que Marco Vasconcelos confirmou a sua presença em Pequim, ficou-se a saber que Ana Moura fará companhia ao seu conterrâneo.

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Opinião: Manuel Sérgio







Para um socialismo
do século XXI (III)


Sou em crer, embora a vocação anti-estatal do “novo socialismo” que, nele, o Estado é para converter-se em semi-Estado e não para ser erradicado totalmente.

3. A estratégia da luta contra o capitalismo, procurando a tomada do poder e estabelecendo outra ditadura, está exaurida, pelos falhanços sucessivos. O novo socialismo constrói-se, no meu modesto entender, introduzindo, com firmeza e lucidez, a máxima democratização, a qual se oriente contra o capitalismo, as suas instituições, a sua lógica e a sua cultura, e não reformando cautelosamente o que aí está, de molde a tornar o capitalismo mais suportável. Pelo contrário, é preciso expô-lo a uma nudez fragilizada, onde se tornem evidentes os disfarces da sua própria degradação, já que o socialismo deve entender-se, acima do mais, como socialização do poder político, ou seja, criação iniludível de uma democracia participativa, que substitua a democracia unicamente representativa; estabelecimento de uma economia norteada pela lógica das necessidades e da produção de “sujeitos económicos”; e, ainda, promoção de uma cultura associativa, onde possa realizar-se o ideal da solidariedade; e, por fim, crítica incessante às novas formas de organização social, como expressão e nutriente do que se vai teorizando e praticando. Ora, tudo isto é incompatível com a democracia neoliberal que nos governa que, se produz crescimento (quando produz...), se encontra nas mãos de um empresariado agressivamente classista e sem um assomo sequer de sensibilidade social, embora utilizando hipocritamente, aqui e além, uma espectacular filantropia. Não abundo, no entanto, nas ilusões de Engels e de Lenine, que julgavam que a extinção das classes implicaria a dissolução do Estado. Sou em crer, embora a vocação anti-estatal do “novo socialismo” que, nele, o Estado é para converter-se em semi-Estado e não para ser erradicado totalmente. O Estado tem sido, inalteravelmente, um instrumento de dominação. Urge convertê-lo ao serviço de todos, socializá-lo, transformá-lo em democracia participativa, onde os políticos sejam capazes de ceder o poder a todos os cidadãos organizados... diariamente e não só no período das eleições! Uma cidadania activa é o cerne do “novo socialismo”.

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Opinião: Gustavo Pires







Laurentino o Domador
de Sapos Vivos


O que sabemos é que entre a proposta do Governo e as inúmeras alterações sugeridas pelos diversos conselheiros vai uma enorme distância de paradoxos, impossibilidades e contradições.

Depois de muito contestado, o Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD) lá foi aprovado não se sabe muito bem como, até porque entre a penúltima reunião do Conselho Nacional do Desporto (CND) e a última realizada no passado dia 28 de Abril não demos por que tivesse acontecido alguma coisa susceptível de fazer mudar a opinião dos conselheiros. Pelo seu lado, a do Secretário de Estado, Laurentino Dias, felizmente não mudou. Na realidade, as grandes questões que inicialmente formatavam o projecto diploma foram reafirmadas por Laurentino Dias. São cinco: (1) Um sistema equilibrado entre os vários agentes; (2) A limitação de mandatos; (3) A renovação da utilidade pública desportiva cada quatro anos; (4) A responsabilidade executiva das federações desportivas; (5) Aumento do poder dos presidentes das federações desportivas. Se estes princípios são o que parecem estamos de acordo.
Todavia, é evidente que estas opções em matéria de política desportiva tem pouco ou nada a ver com a narrativa socialista, antes pelo contrário, representam muito mais uma visão liberal do desenvolvimento do desporto com a responsabilização efectiva do associativismo desportivo, reservando para o Estado uma acção de controlo tanto a montante como a jusante do sistema, visão esta muito mais próxima duma ideologia social democrata do fenómeno desportivo do que uma propriamente socialista caracterizada por fundamentalmente intervir no processo. E ainda bem.
Deste modo, Laurentino Dias dá um golpe de morte nos efeitos perversos que foram sendo consolidados ao longo dos anos, por um sistema construído na base de uma certa inocência emanada do 25 de Abril que, com o tempo, foi sendo contaminada pelos mais diversos interesses que já nada têm a ver com o sentido de missão que deve presidir às organizações não governamentais, e, sobretudo, o espírito de serviço público que deve orientar os dirigentes desportivos do vértice estratégico do desporto. Contudo, Laurentino Dias, no seu liberalismo muito pouco genético, também não deve exagerar atribuindo um cheque de dois milhões para as corridas de automóvel, nem permitir que dirigentes desportivos ditos benévolos, para além das suas reformas, aufiram olimpicamente 2500 euros por mês, à conta do erário público. Liberalismo sim…, mas nada de exageros, sobretudo se for realizado com o dinheiro dos contribuintes.
Para já, o problema é que, com a aprovação do RJFD não sabemos o que é que realmente os conselheiros aprovaram! Segundo a comunicação social, o Secretário de Estado «vai analisar as propostas de alteração dos diversos conselheiros e apresentará ‘brevemente’, em Conselho de Ministros, o texto final». A ser assim, uma vez que tudo leva a acreditar que houve uma “votação no escuro” em que só Mandaíl se absteve, o CND assume desportivamente o estatuto de simples “correia de transmissão” do Governo, o que contraria de sobremaneira os princípios de ordem liberal demonstrados por Laurentino Dias. Nestas circunstâncias, estamos na presença de uma situação de liberalismo a menos o que, nos tempos que correm, também não é nada recomendável.
Na realidade, não se conhece, nem que se saiba foi divulgado um texto definitivo do RJDF. O que sabemos é que entre a proposta do Governo e as inúmeras alterações sugeridas pelos diversos conselheiros vai uma enorme distância de paradoxos, impossibilidades e contradições. Assim, Laurentino Dias, perante a teia de interesses, oportunismos e dependências psicológicas do tipo do “olímpico horror ao day after” de um certo dirigismo desportivo bacoco, até nem nos parece que esteja perante um algoritmo muito complicado. Pelo seu lado, alguns conselheiros do CND estão perante um problema bem difícil de resolver que é o de terem de explicar os sapos vivos que vão certamente ter de engolir.

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Opinião: JM Silva







Sério e Político? Marítimo à beira
da 6.ª presença na Taça UEFA

«Sério também é Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga. Mas no lugar que desempenha não pode ser exclusivamente técnico. Precisa saber ser político» — António Magalhães em Record de 28-04-2008. Domingo dia D para o Marítimo na sua corrida para a 6.ª participação na Taça UEFA.

António Magalhães é o director-adjunto do matutino desportivo "Record" onde assina, segundo supomos, diariamente, uma minúscula rubrica denominada “Minuto 0” que, traduzida realisticamente, mais não significará do que “Minuto Nada”, por dirigir-se a uma muito restrita faixa de leitores.
Nesta última segunda-feira, dividiu essa minúscula rubrica em dois, obviamente minúsculos capítulos, o primeiro dos quais para referir-se à seriedade de um campeão como o FC Porto que, mesmo desfalcado dalguns dos seus titularíssimos jogadores, foi a casa do então sensacional segundo classificado, o Vitória de Guimarães, a quem goleou por números impensáveis, nada mais nada menos do que uma mão cheia de golos.
Falta de inteireza de carácter feria se tanto a equipa técnica dos dragões bem como os seus jogadores tivessem procedido de outra forma qualquer do que aquela que tiveram, pois aí não teriam dignificado o futebol atraiçoando a verdade desportiva.
Por isso, entendemos que existe algum exagero na irrelevância dada ao facto, pois se a vitória portista se tivesse escrito pelos mesmos números, cinco a zero, mas com um ou dois golos obtidos nos primeiros 45 minutos do encontro, a seriedade dos dragões teria sido menos exposta do que foi, porque afinal os pupilos de Jesualdo Ferreira só resolveram «meter o pé… a fundo» na segunda metade do jogo, estava ainda o resultado em branco.
Acontece que na primeira parte dessa partida foram os minhotos quem mais tentou fazer pela vitória, quem mais «meteu o pé a fundo no jogo», só que não chegaram ao golo.
Se o tivessem conseguido, teriam os dragões tido tempo para evitar que a história do jogo tivesse sido outra bem diferente?
Algures, em Fátima, aconteceu algo parecido e os dragões não chegaram a tempo… recordam-se?

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