sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Juventude Gaula e H. Funchal alvo de inquéritos disciplinares




Quantos são mais
ou menos 90 dias?


O Conselho de Disciplina da AFM instaurou inquéritos a dois clubes por alegada utilização irregular de jogadores, devido a eventual prescrição dos respectivos exames médicos desportivos. A questão é que, em ambos os casos, a decisão médica foi a de que os jogadores estavam aptos por «+/- 90 dias».

Leia mais na nossa edição impressa.

Maurílio Caires e a prioridade para o próximo mandato



Sede para o Canicense
não é favor nenhum


Reeleito para, tudo indica, o último mandato no Cruzado Canicense, o Presidente da Direcção reclama uma nova sede social para usufruto da população da «maior freguesia da Madeira fora do Funchal».



Maurílio Caires foi reeleito, no passado dia 31 de Janeiro, para mais um mandato na presidência da Direcção do Cruzado Canicense. Será o seu quinto mandato consecutivo à frente da colectividade mais representativa da freguesia do Caniço, precisamente uma das que mais cresceu na Região na última década.

Leia mais na nossa edição impressa.

Futebol Regional — Quatro primeiros jogam entre si




Cai o pano no primeiro acto

Primeira metade do campeonato chega ao fim com uma jornada que pode provocar alterações significativas na tabela de valores.

Cirilo Borges

O intervalo para a disputa da segunda eliminatória da Taça da Madeira deverá ter servido para a maioria das equipas — todas elas com poucas possibilidades de ir muito longe naquela competição, como os próprios treinadores reconhecem — prepararem com maior afinco a derradeira jornada da primeira volta do campeonato, que vai para os rectângulos este fim-de-semana. O facto de os quatro primeiros jogarem entre si, bem como dois dos três últimos, é significativo da importância desta ronda para o futuro escalonamento da classificação, apesar de ficar ainda por disputar a outra metade do campeonato.

Leia mais na nossa edição impressa.

Liga — “Todos” de olhos postos na Madeira


Caldeirão de esperanças

Marítimo quer cimentar posição europeia e Nacional acercar-se do mesmo objectivo. Se forem bem sucedidos, haverá mudanças no topo da classificação.

Cirilo Borges


A Liga está de volta com um menu muito interessante. O prato principal será servido já hoje, num Caldeirão (dos Barreiros) que promete aquecer com leões e dragões. O Marítimo viu esfumar-se a “via rápida” para a Taça UEFA com a eliminação da Taça de Portugal, pelo que terá de fazer pela vida no campeonato, ou seja, no mínimo defender o quinto lugar que ocupa das investidas da (imensa) concorrência. O FC Porto, por seu turno, embora descansado pelos 10 pontos de vantagem sobre o segundo classificado e quiçá com o pensamento no jogo da próxima semana com o Schalke 04, da Liga dos Campeões, não virá à Madeira propriamente em passeio, bem pelo contrário, Jesualdo Ferreira classificou este encontro como um dos mais importantes rumo ao desejado “tri”.

Leia mais na nossa edição impressa.

Jokanovic reforça ambição do Nacional



«Temos condições
para lutar pela UEFA»


Embora considere que «só daqui a quatro jornadas é que se ficará com ideia mais real dos verdadeiros candidatos», o treinador não exclui o Nacional dessa luta, considerando que tem «condições para lutar pelo acesso à Taça UEFA».

Leia mais na nossa edição impressa.

Futsal - Marítimo anfitrião do Câmara de Lobos





Baralha e parte

Partida para a decisiva volta do campeonato recheada de boas propostas e polvilhada de muita incerteza, quer no topo, quer no fundo.

Leia mais na nossa edição impressa.

XII Torneio Internacional da Madeira




Oito vezes Portugal!

À entrada para última jornada do Torneio Internacional da Madeira de Sub-20, Portugal tem já assegurada a sua oitava vitória na prova. As atenções concentram-se na luta pelo segundo lugar.

Leia mais na nossa edição impressa.

Lazaroni chama de novo Kanu e espera empenho total




«Vestir fato macaco
e não perder identidade»




Sebastião Lazaroni espera ver um Marítimo forte e coeso, sem falhas e com a eficiência adequada para bater aquela que considera «a melhor equipa da Liga portuguesa». O treinador brasileiro não quer ver repetidos os erros cometidos no jogo com o Sporting.

Leia mais na nossa edição impressa.

Opinião — Manuel Sérgio





Manuel Sérgio
O pensamento ético contemporâneo
e o Desporto (II)


A competição, no desporto, é uma forma de diálogo fraterno, deverá ser, por isso, uma expressão corporal do primado da dimensão ético-política sobre a dimensão economicista.


Uma análise ontológica, mesmo que episódica, da prática desportiva diz-nos que o ser humano é um ser-de-relação. Ou em equipa, ou individualmente, o desportista normalmente entra em competição, quero eu dizer: precisa do seu semelhante. E, se dele precisa, há-de respeitá-lo, ou seja, não pode fazer dele um instrumento de qualquer um dos seus objectivos. Há, aqui, um jogo de co-responsabilidade: no desporto, os adversários (e não só os companheiros da mesma equipa) são também, solidariamente, responsáveis uns pelos outros. E esta responsabilidade não resulta de uma escolha, de uma preferência individuais, porque sem ela não há desporto. Daqui se infere sem dificuldade que, no desporto (como em Levinas), a ética é a filosofia primeira. E, a este ângulo de visão, o praticante exemplar surge como alguém onde brilham excepcionais qualidades físico-motoras e psicológicas, específicas do desporto de alto nível, e simultaneamente admiráveis qualidades éticas. A vontade de vencer é inerente à prática desportiva, mas o praticante, como ser-de-relação, há-de saber vencer e perder, que o mesmo é dizer: há-de saber respeitar e respeitar-se, como vencedor e como vencido, dado que a motricidade humana tem como objectivo primeiro o desenvolvimento de todos e de cada um dos seres humanos. O aprumo e a lealdade, no desporto, não podem significar, hoje, ausência de competição, mas recusa à instrumentalização, ao serviço da competição sórdida do economicismo triunfante, que alimenta, sem mérito nem vergonha, o “bellum omnium contra omnes” (guerra de todos contra todos). A competição, no desporto, é uma forma de diálogo fraterno, deverá ser, por isso, uma expressão corporal do primado da dimensão ético-política sobre a dimensão economicista. Assim, nasce a confiança mútua, que é indispensável à competição desportiva. “Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti” poderá ser a regra de ouro a presidir ao comportamento dos atletas, dos técnicos (sem esquecer os técnicos de saúde) e dos dirigentes.
Mas há dois perigos que rondam o sistema desportivo: a barbárie e o angelismo. A barbárie, quando os atletas deixam de ser pessoas/cidadãos e passam a ser governados pelo “despotismo iluminado” de dirigentes corruptos ou mal informados. O respeito pelos atletas não pode provir tão-só de “ordens superiores”, ou da ordem jurídica estabelecida, mas de um imperativo moral. No desporto, há o primado absoluto da pessoa sobre a lei. O angelismo acontece, quando se pensa que uma lei, um manifesto, um discurso, as conclusões de um congresso resolvem, por si sós, uma situação concreta. O verdadeiro motor da acção, da motricidade humana, reside na consciência reflexiva e na vontade livre e responsável das pessoas (neste caso, dos praticantes). Não faltam tratados, congressos, publicações e todo um galante florilégio de conclusões sobre a ética no desporto e... a corrupção e a violência permanecem. Porquê? Entre outros motivos, porque não se preparam, pedagogicamente, os alunos e os atletas a serem agentes morais, para além de praticantes de admiráveis qualidades físicas e técnicas.

(Continua)

Opinião — Gustavo Pires






Gustavo Pires

Prolegómenos para uma
Teoria da Conspiração




Se estamos a menos de seis meses da realização dos Jogos Olímpicos de Beijing, estamos também a pouco mais de um ano da realização de eleições no Comité Olímpico de Portugal (COP). Como se sabe, o lugar de presidente do COP é hoje um lugar sobejamente apetecido pelos mais diversos protagonistas que orbitam na área do Movimento Olímpico. São as gratificações, as viagens, os hotéis de cinco estrelas, o poder de representar em Portugal um dos emblemas mais apetecidos pelas grandes multinacionais. Por isso, a competição eleitoral abriu já há bastante tempo, muito embora só agora é que a generalidade das pessoas esteja a dar por isso.

E a competição abriu há bastante tempo, na medida em que Vicente Moura teve a ingenuidade ou a esperteza – o tempo o dirá – de na sua última candidatura anunciar ao Movimento Desportivo, sem que ninguém tivesse acreditado, que aquela seria a última candidatura. Ao fazê-lo, se por um lado comprometeu desnecessariamente a sua palavra, muito embora, nos tempos de relativismo pós-moderno que correm, “a palavra dada não se olha o dente”, por outro, manteve os eventuais candidatos a vigiarem-se uns aos outros, o que lhe permitiu viver um mandato relativamente calmo. Contudo, Vicente Moura sabe que há muita gente que orbita à sua volta, à espera da primeira oportunidade para o desembarcar no próximo porto.

Por isso, Vicente Moura está completamente sozinho. Ele nem se deve atrever a falar acerca do assunto seja com quem for, pela simples razão de que não pode confiar em ninguém. E, tal qual marinheiro perante o naufrágio iminente, ele prepara-se para nadar desesperadamente a fim de se manter à tona de água. O problema é que, há muito, lhe começaram a preparar a borrasca com que agora o querem afundar.

Vicente Moura na qualidade de Presidente do COP, ingenuamente, aceitou assinar um Contrato Programa de Desenvolvimento Desportivo (DR – II Série, nº 70 – 11 de Abril de 2005) para execução do Programa de Preparação Olímpica para os Jogos Olímpicos de Pequim (2008), aonde, na euforia dos resultados de Atenas que, como se sabe, mereceram os favores dos deuses do Olimpo, se comprometeu a levar aos Jogos de Beijing dezoito modalidades desportivas, a trazer para casa doze diplomas e cinco medalhas. É obra. O problema é que só se prometem doze diplomas quando a perspectiva é de vinte ou vinte e cinco, e só se prometem cinco medalhas quando a perspectiva é de, pelo menos, dez ou quinze. E, mesmo assim, é muito arriscado. Vicente Moura, caiu na “casca de banana” que, ao tempo, foi disfarçada com um subsídio de 14 milhões de euros. Contudo, tinha a obrigação de não escorregar, até porque, como “macaco velho” que é nas andanças do nacional Olimpismo, já devia ter o rabo calejado. Assim, devia saber que nos Jogos Olímpicos, pelas mais diversas circunstâncias, os resultados dependem por vezes, muito mais da sorte do que de qualquer outro factor susceptível de ser planeado e programado. Nestes termos, a margem de segurança, relativamente à determinação de objectivos quantificados, deve ser objecto de muito mais cuidado.

Entretanto, com a eleição para os corpos gerentes da Confederação do Desporto de Portugal (CDP), Vicente Moura, finalmente, deve ter tirado a prova dos nove de que estava a ser preparada, por via indirecta, uma espécie de “rebelião a bordo” que antecedia o assalto à liderança do COP. Pelos vistos, o Movimento Desportivo também assim compreendeu, pelo que fez abortar a referida intentona. Paula Cardoso, o presidente da CDP, aguentou-se bem e estragou aquilo que mais parecia ser o consumar da “noite das facas longas”, já que tudo começou a ser preparado na noite da cerimónia de apresentação dos trajes da comitiva olímpica.

Naquela noite, muito embora Vicente Moura tenha afirmado que não alterava a previsão feita em 2005 de quatro ou cinco medalhas, na realidade, já estava a alterar, na medida em que o contrato assinado por si próprio foi de cinco medalhas. Mas disfarçou, ao afirmar: «até já me chegaram a dizer que pequei por defeito» (Record, 11/10/07). Pode ser que sim, mas há pecados que só se devem cometer em privado.

Contudo, ele sabe que corre o risco de ter metido o pé, não numa, mas nas cinco argolas ao mesmo tempo, quando se comprometeu a ganhar cinco medalhas. Vai daí, precisamente a seis meses do Jogos de Beijing, no dia 8 de Fevereiro de 2008, numa entrevista à Rádio Renascença (RR), provavelmente sentindo que estava a ir ao fundo, atirou mais uma medalha pela borda fora, afirmando ser possível Portugal obter três ou quatro medalhas nos Jogos de Beijing!

O que é facto, é que com a entrevista à RR, Vicente Moura confirmou para quem o quis compreender, que está na corrida à sua própria sucessão. Em conformidade, no meio da tempestade, começou a atirar carga ao mar. Iniciou a viagem com cinco medalhas garantidas. Para o efeito, recebeu 14 milhões de euros. Entretanto, já só leva três ou quatro. Contudo, nem ele nem ninguém sabe quantas é que vai trazer, até porque, só na ingenuidade do longo prazo, se podem prometer medalhas olímpicas por contrato programa.

Quanto ao futuro, o problema de Vicente Moura não é o peso das medalhas que leva no porão da nau do COP. O problema de Vicente Moura está na tripulação com que iniciou a viagem. E ele deve saber que na “noite das facas longas”, quer dizer, na “noite do traje olímpico”, aconteceu a primeira rebelião a bordo. E nem é difícil identificar o principal responsável.



PS: Entretanto, Vicente Moura, sobre a questão do Darfur, agiu com a sabedoria de Pilatos: Lavou as mãos. Não há preocupações políticas que possam suplantar a Carta Olímpica, disse o Comandante do COP (Público, 14/2/08). Ao tempo dos Jogos de Berlim (1936) dizia-se mais ou menos a mesma coisa. Depois, foi o que todos sabem. Quanto a nós, o desporto à margem dos direitos humanos não é para homens, é para alienados sociais.

(*) Com João Marcelino.

Opinião — JM Silva






JM Silva

Tábua de salvação

Era um pouco isso que restava ao Sporting e ao Benfica na presente temporada e era imperioso que ultrapassassem vitoriosamente os quartos-de-final da Taça de Portugal. Levados ao colo conseguiram esse objectivo…



Perdida por completo às ténues esperanças que até há relativamente pouco tempo alimentavam de eventualmente conquistarem o ceptro na Bwin Liga, Sporting e Benfica estavam como que obrigados a vencer ao Marítimo e Paços de Ferreira, respectivamente, pois só assim continuariam com hipóteses de vencer alguma coisa na presente temporada.
Ressalve-se contudo o facto dos leões de Alvalade já terem vencido a Supertaça desta temporada e estão na final da Taça da Liga, no seu ano de estreia e onde defrontarão o Vitória de Setúbal.
Nada porém que atinja o prestígio da Prova Rainha do Futebol Português que, além do mais, abre as portas da Taça UEFA, prova europeia de enorme prestígio.
Para reforçar o favoritismo das duas formações lisboetas da 2.ª Circular, coube-lhes por sorteio jogarem em casa, facto sempre a ter em conta, embora saibamos que nem sempre isso representa tudo, mas aí, se as coisas começam a ficar pretas para os visitados, quase por norma assistimos ao uso (e abuso) dos famigerados dois pesos e duas medidas por parte obviamente de quem dirige as partidas, o que provoca naturais desequilíbrios.
E todos sabemos quem nestas circunstâncias retira os melhores dividendos destas situações que atingem uma muito maior dimensão por tratar-se de uma competição a eliminar e disputada a uma só mão.

Estamos cansados e por que não dizê-lo, até mesmo enfastiados de tantos “moralistas” que por aí vegetam e que à mingua de melhores e mais válidos argumentos se atiram aos treinadores das equipas que, ao sentirem na pele os efeitos nefastos da esmagadora percentagem das más arbitragens fazem disso eco, catalogando-os de maus perdedores, como se eles não tivessem razões de sobejo nas suas queixas.
Que inestimável serviço prestariam à causa do futebol se todos os agentes de Informação Desportiva aprofundassem onde morariam a verdade e a mentira de tais desabafos dando o seu a seu dono, na circunstância apenas a razão que não a reposição da verdade desportiva, porque aí nada feito.
Ao invés e consoante as cores de seus credos clubísticos escondem o que não lhes convém aflorar desviando as atenções para outras situações nada melindrosas e que por vezes até nada têm a ver com as peripécias dos jogos para que foram escalados, cavando cada vez mais fundo o fosso que separa os clubes de maior nomeada daqueles que se debatem com mil e um problemas para se manterem em actividade.
Se estivermos atentos, verificaremos que, nos diversos sectores da Comunicação Social Desportiva, apenas os elementos não profissionais das diversas entidades que se debruçam sobre o desporto, na circunstância o futebol, ousam opinar com um mínimo de rigor e de verdade quando convidados a colaborar em artigos de opinião ou a dissecar sobre este ou aquele evento desportivo, contrariamente aos profissionais dessas mesmas entidades, algo que nos conduz a uma inevitável e triste suspeição, a de que possam temer furar qualquer possível “Lei da Rolha” que porventura lhes seja imposta. Isto porque nos recusamos a acreditar que não sejam capazes de ver o mesmo que nós, a não ser que tenham um olho de cada cor, o que também acontece…

Aquilo a que aludimos atrás, qual grito de revolta, tem o seu epicentro precisamente nas actuações dos dois juízes de campo que estiveram nos últimos confrontos Sporting-Marítimo, Benfica-Paços de Ferreira, Jacinto Paixão e Augusto Duarte, respectivamente.
Televisionamos ambos os encontros e posteriormente tivemos ainda a oportunidade de confirmar as nossas certezas em mais quatro estações televisivas em diversos programas de opinião, de que incontroversamente, tanto os leões de Alvalade como as águias da Luz haviam sido levados ao colo rumo aos quartos-de-final da Taça de Portugal.
Pelo caminho ficaram duas formações dignas que tudo fizeram limpamente para contrariarem o favoritismo dos seus poderosos adversários, não dando quaisquer indícios de temerem o facto de terem que defrontá-los em sua casa.
Marítimo e Paços de Ferreira enfrentaram de peito aberto, olhos nos olhos, as duas formações lisboetas que tinham na Taça de Portugal, a única tábua de salvação da presente temporada, demonstrando dentro das quatro linhas que eram legítimas as suas aspirações de continuar em prova.
Em Alvalade, e no cômputo das duas partes do jogo, o Marítimo foi superior ao seu antagonista e se tem feito todos os minutos que teve a partida, jogando onze contra onze, estaria a estas horas a preparar o jogo dos quartos-de-final.
No ninho das águias, os pacenses poderiam ter ido para o intervalo a vencer por duas bolas a zero e aí a história do encontro seria forçosamente outra.
Passemos aos factos…

Sobre o relvado de Alvalade e numa demonstração cabal de que ali viera para discutir a vitória no jogo, o Marítimo entrou praticamente a perder em mais um lance de bola parada e num cabeceamento do Tonel em zona de jurisdição de Marcos, um “gigante” debaixo dos postes mas um “anão” nas saídas.
Mas nem por isso se intimidou e com todo o mérito chegou à igualdade perante um Sporting que só atacava pelo seu flanco esquerdo mas onde Vukcevic não lograva “por pé em ramo verde”, dada a forma eficaz como Ricardo Esteves lhe barrava as investidas.
Enquanto isso no lado contrario, Abel não conseguia como habitualmente chegar à linha de fundo para cruzar, preocupado que estava em segurar o irrequieto Mossoró, recorrendo demasiado à falta para travar o seu adversário.
Até quando o montenegrino começou por intimidar com entradas demasiado duras sobre o opositor, mandando-o duas vezes ao tapete para à terceira e numa inequívoca agressão colocar Ricardo Esteves fora de combate, sendo admoestado apenas com a cartolina amarela por Jacinto Paixão, que voltou a fazer vista grossa ao não assinalar grande penalidade contra o Sporting por derrube flagrante a André Pinto na área de rigor.
Acresce que apenas ao sétimo e oitavo “agarranço” de Abel a Mossoró é que o juiz internacional de dignou admoestar o defesa leonino com a respectiva cartolina tendo o cuidado de mostrar ao infractor com gesto bem visível da sua mão direita que o fazia não pela primeira, nem pela segunda mas sim pela terceira falta cometida, o que demonstra ter andado distraído (?) durante o jogo para não ter agido mais cedo em conformidade.
Apenas a título de curiosidade, demonstrativo da parcialidade dalguns escravinhadores, transcrevemos uma das muitas críticas à arbitragem deste jogo: «Bruno Paixão terá errado ao não punir uma queda de André Pinto na área e na cor do cartão mostrado a Vukcevic no lance com Ricardo Esteves.»
Elucidativo…

Mais parco em palavras esteve outro dos repórteres em serviço no ninho da Águia Vitória, que atribuindo a nota 5 a Augusto Duarte, escreveu: «Bem nas grande penalidades, muita insegurança nas outras decisões.»
Raras vezes tivemos oportunidade de verificar uma forma tão hábil de fugir com o rabo à seringa…
Cedo, muito cedo o Paços através de Pedrinha se colocava em vantagem no marcador, numa altura em que a maioria dos jogadores ainda não haviam tocado na bola.
Demorou uma eternidade para que os encarnados reagissem à desvantagem e das bancadas vieram os assobios e eram evidentes as caras de enterro de muitos descrentes adeptos.
Efectivamente, durante os primeiros 33 minutos, Peçanha, o guardião pacense, foi pouco mais que um assistente ao jogo, já que os da casa não conseguiam entrar na sua grande área, onde Makukula andava perdido sem ver a bola chegar até si.
Valeu ao Benfica a errada decisão do árbitro que, a sinal dum seu auxiliar, inviabilizou que Wesley, isolado, elevasse o marcador para um 0-2, o que agudizaria ainda ais a situação para os comandados de Camacho que acordou aos 35 minutos retirando o defesa Edcarlos, fazendo entrar o ponta de lança Cardoso para o lado de Makukula.
Só ao minuto 41, Cristian Rodriguez logrou um lance individual, ao penetrar na grande área pacense, afastando com o braço direito o seu opositor directo e preparando-se para o remate final o que não conseguiu por ter-se estatelado no solo, num golpe de teatro que iludiu o árbitro, longe do lance, a assinalar grande penalidade e com ela a igualdade ao intervalo.
Decorria o quarto minuto da 2.ª parte e nova falha grave de Augusto Duarte ao não assinalar falta num derrube mais do que flagrante a um pacense que saía em dribles para o contra-ataque, resultante daí a jogada da segunda grande penalidade, que colocou o Benfica pela primeira vez em vantagem no marcador, simultaneamente com vantagem numérica em campo dada a expulsão do infractor que puxou Makukula pela camisola.
O jogo acabou ali mesmo. Só depois é que surgiu “o talento de Rui Costa”, uma “dupla atacante terrível”… e umas bancadas em festa pouco ou nada incomodada com a forma como a sua equipa havia chegado à vitória. Afinal daqui por uns dias o que ficará na história será apenas o resultado final.

Bruno Paixão e Augusto Duarte, dois pesos e duas medidas, tê-las-iam usado trocados que fossem os beneficiados e os lesados?
Uma pergunta que gostaríamos de colocar ao ex-árbitro Vítor Pereira, agora investido na presidência do Conselho de Arbitragem da Liga e que recentemente veio a público afirmar que a arbitragem nacional está bastante melhor, está no bom caminho.
Com exemplos destes o que seria do nosso pobre futebol, se ao invés os árbitros portugueses estivessem no mau caminho?

Bernardo Sousa - Um Lancer no Árctico


A participação do jovem Bernardo Sousa no Rali da Suécia foi mais que “uma lança em África” foi um verdadeiro “Lancer no Árctico”! Ninguém, porventura mesmo o piloto ou os seus apoiantes, esperavam que o madeirense conseguisse recolher pontos na sua estreia na Produção do Campeonato Mundial de Ralis. Há dias muitos se perguntavam se bastava ter uma viatura e se inscrever para alinhar numa prova desta envergadura.
Assim é. Basta conseguir uma viatura, arrancar, tentar chegar ao final o mais depressa possível. Esse é o espírito de dezenas de jovens ou menos jovens valores que reúnem um orçamento e no seu interesse pessoal ou colectivo tentam alcançar o melhor resultado possível enfrentando muitos dos que são os pilotos de referência duma futura geração ou, no pior dos casos, os melhores de muitos países com tradição automobilística.
Nesse contexto e num país cujas classificativas se apresentam como umas das mais difíceis do planeta, Bernardo Sousa estreou-se e – apesar de só querer ganhar experiência - viu-se incluído no lote dos oito eleitos que conseguiram pontuar. Não se vulgarize a proeza nem se exija rápida repetição do feito, deixemos que o talento de mais um madeirense se afirme…

Curso limitado a 25 inscrições













Dirigentes desportivos 3D


Para fazer face às novas exigências no desempenho da actividade, o curso de dirigentes desportivos pretende desenvolver temáticas actuais em três dimensões diferentes, reunindo catorze prelectores.


A Associação de Dirigentes Desportivos da RAM apresentou esta semana mais um Curso para Dirigentes Desportivos. A acção, que terá um limite de 25 inscritos, que terão de desembolsar 75 ou 100 euros, caso sejam ou não sócios da ADDRAM, terá início em Março e prolongar-se-á até Outubro, verificando-se um interregno de três meses, de Junho a Agosto, não só devido ao período habitualmente dedicado às férias, como também devido à realização do Euro 2008 e dos Jogos Olímpicos.

Leia mais na nossa edição impressa.

Regional de Duatlo reuniu quase uma centena












Baptista leva louros

Filipe Baptista sagrou-se Campeão Regional numa prova muito disputada e com várias surpresas.

Cirilo Borges

Filipe Baptista (Ludens) foi o grande vencedor do “II Duatlo do Funchal - SOS Freira do Bugio”, no qual participou cerca de uma centena de triatletas. Baptista realizou a distância (5 quilómetros de corrida, 20 de ciclismo e mais 2,5 quilómetros de corrida) em 1:01.14 segundos, menos meio minuto do que Duarte Nóbrega (Andorinha), ao passo que o terceiro lugar da geral foi para a Ricardo Gouveia (Naval da Calheta).

Leia mais na nossa edição impressa.